Eu gostei muito deste trecho tirado do livro "Peso de Glória" de C. S. Lewis (Um Ano Com C. S. Lewis, p. 46 – Editora Ultimato) e gostaria deixar pra quem passar pelo blog.
“Deus não existe muito do nosso tempo, nem da nossa atenção. Ele não exige nem todo o nosso tempo nem toda a nossa atenção; é a nós mesmos que ele quer. Valem para todos nós as palavras de João Batista: "Importa que ele cresça e que eu diminua." Deus será infinitamente misericordioso em relação às nossas falhas repetitivas; mas não conheço nenhuma promessa em que ele aceite uma negociação deliberada. Em última instância Ele não tem nada a nos oferecer a não ser a si mesmo; e Deus só pode nos dar isso, na medida em que nossa vontade auto-suficiente se retrai, abrindo espaço para ele em nossa alma. Não tenhamos dúvida em relação a isso. Não restará nada "de nós mesmos" para vivermos nenhuma vidinha normal. Não quero dizer que todos nós vamos necessariamente ser chamados para sermos mártires ou ascetas (pessoas inteiramente consagradas à prática da devoção e penitência). Se acontecer, que aconteça. Para alguns (não sabemos para quem) a vida cristã incluirá muito lazer e muitas ocupações naturalmente prazerosas. E isso será recebido diretamente das mãos de Deus. Para um cristão perfeito isto seria tão próprio de sua religião, do seu "serviço", como suas tarefas mais difíceis, e seus banquetes seriam tão cristãos quanto os seus jejuns. O que não podemos admitir de forma alguma - e deve ser admitido somente com inimigo não derrotado, mas ao qual se resiste diariamente - é a idéia de que tenhamos algo "só nosso" a conservar; alguma área de nossa vida que esteja fora do jogo e sobre a qual Deus não tenha nada a reivindicar.
“Deus não existe muito do nosso tempo, nem da nossa atenção. Ele não exige nem todo o nosso tempo nem toda a nossa atenção; é a nós mesmos que ele quer. Valem para todos nós as palavras de João Batista: "Importa que ele cresça e que eu diminua." Deus será infinitamente misericordioso em relação às nossas falhas repetitivas; mas não conheço nenhuma promessa em que ele aceite uma negociação deliberada. Em última instância Ele não tem nada a nos oferecer a não ser a si mesmo; e Deus só pode nos dar isso, na medida em que nossa vontade auto-suficiente se retrai, abrindo espaço para ele em nossa alma. Não tenhamos dúvida em relação a isso. Não restará nada "de nós mesmos" para vivermos nenhuma vidinha normal. Não quero dizer que todos nós vamos necessariamente ser chamados para sermos mártires ou ascetas (pessoas inteiramente consagradas à prática da devoção e penitência). Se acontecer, que aconteça. Para alguns (não sabemos para quem) a vida cristã incluirá muito lazer e muitas ocupações naturalmente prazerosas. E isso será recebido diretamente das mãos de Deus. Para um cristão perfeito isto seria tão próprio de sua religião, do seu "serviço", como suas tarefas mais difíceis, e seus banquetes seriam tão cristãos quanto os seus jejuns. O que não podemos admitir de forma alguma - e deve ser admitido somente com inimigo não derrotado, mas ao qual se resiste diariamente - é a idéia de que tenhamos algo "só nosso" a conservar; alguma área de nossa vida que esteja fora do jogo e sobre a qual Deus não tenha nada a reivindicar.
Deus exige tudo de nós, porque ele é amor e é próprio dele nos abençoar. Mas ele não pode nos abençoar enquanto não nos possuir por completo. Sempre que tentarmos reservar uma área de nossa vida como propriedade nossa, estaremos reservando uma área onde impera a morte. Por isso é que ele exige, com todo o amor, que nos entreguemos por inteiro. Sem chances de barganha.”
Um comentário:
Oi Lucas,
Descobri seu blog! Super legal!
Também gosto muito do C.S. Lewis...
Estou lendo "As cartas..."
Abração, ótimo periodo pra vc!
A gente se encontra em ADM 311! Hehehehe...
Fica com Deus!
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