Páginas

27.11.10

Poesia do descanso

Hoje eu tirei o dia pra descansar. Meus pulmões precisavam mesmo de ar puro, afinal tenho a impressão de que o mofo do meu quarto está montando uma colonia filha dentro deles. Foi bom respirar ar puro. Foi bom oferecer aos meus olhos a oportunidade de apreciar a beleza da natureza do sítio de minha mãe. Lá tem morros lindos, com uma grama viva por causa da chuva recente. E hoje em especial o sol deu o ar da graça, banhando os pequenos lagos, que pareciam sorrir ao refletir sua luz. A copa das árvores parecia ter sido pintada de dourado. O céu estava perfeito: o tom certo de azul, quantidade exata de núvens, que filtravam alguns dos raios do grande astro e deixava outros banhar a paisagem. O espaço parecia cantar. Havia duas maritacas que competiam pelo grito mais alto. De vez em quando dançavam ao ar, mas voltavam sempre para o mesmo galho. Distante, próximo do mar de pinheiros, que ensaiavam passos suaves ao som da melodia que se ouvia, um singelo pássaro branco cortava o céu. Paz. E um sorriso se desenhou em meus lábios. Estava mesmo feliz com o descanso. Aproveitei, então, o momento de sossego lendo. Às vezes a paisagem me chamava e, claro, não exitava em atender. Valia a pena dividir à atenção entre uma boa história lida e a poesia recitada ao redor. O que saía de mim, além do sorriso, era gratidão ao Deus da graça. Não há duvida em minha mente e coração: a poesia veio dele e fui agraciado em ouví-la. Obrigado.

Nenhum comentário: