Páginas

8.3.08


Foto: sxc.hu

Vejo o mundo rodar e pirar
Embalado na sua correria vil
De som ensurdecedor

Talvez seja por isso que ninguém escuta os gritos
Da alma que foi quebrada
Do Homem que ama incondicionalmente

O mundo só corre!

Mas o que importa?
Se o meu mundo é o mais atraente
Se meu ritmo é o mais envolvente
Se os meus passos devem ser cronometrados
E milimetricamente bem compassados...
Não há tempo!

Só corro!

Socorro...
Talvez essa seja a palavra que é cantada enquanto vivo
A palavra que escorre entre os lábios espremidos por um falso sorriso
A palavra que escorre junto a lagrima timidamente derramada

E em um segundo,
Diante dos meus olhos
Tudo se congela.
E a minha lágrima é descoberta
E vai-se embora
Sou consolado ao ouvir o som das asas de uma Borboleta Azul
Que dança em meio ao caos

...

Não sou mais surdo agora
“Veja, Oh! Tu que estás de pé...
Cuidado para não cair novamente!”
Não quero ser mais surdo...
Nunca mais.

6 comentários:

Alberto Vieira disse...

bom lucas!

Legal q vi hj duas borboletas, uam azul e uma amarela. Fazia tempo q nao via uma. Mas q ser singelo!

Filipe Garcia disse...

gostei dos trocadilhos e da poesia...

=)

Anônimo disse...

Muito bom!

Só corro e Socorro são palavras bem ligadas. Gostei.

Bom jogo de palavras.

Abração!

Vita Brevis disse...

Lindo!
Deu pra imaginar a Borboleta Azul batendo as suas asas (e olha que de borboletas, modéstia a parte, eu entendo um pouco).

Gostei daqui!

Rafaela Damasceno

Macel Guimarães disse...

Tive o grande prazer de ser o "analista! desse texto...mas não pela competência, e sim pela amizade com o "autor". Grande estilo de escrita!

Esse cara vai longe!

Éverton Vidal Azevedo disse...

Gostei do poema... o jogo de cores e palavras. Vc escreve muito bem. Parabéns!