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4.6.08

ponto



Mais uma eterna noite fria.

Fria, coberta apenas com o breu da solidão.

Desaponto-me com o ponto final posto em um lugar indevido.

Ponto que determina o que não deveria ser determinado.

Feri a quem nunca deveria ser ferido.

A fortaleza chora.

A fortaleza geme.

A fortaleza sangra ao som do meu fracasso.

Agora pontuo os sentimentos que escorrem com meu suspiro:

(Des) esperança. Ponto.

(In) felicidade. Ponto

(Des) amor. Ponto.

Quem me livrará do corpo dessa morte?

Até quando trarei morte a quem, pela morte, quis dar-me a vida?

Desventurado homem que sou!

4 comentários:

GB Silva disse...

"Feri a quem nunca deveria ser ferido."

Está perdoado! rsrsrsrs

Irmão, vc faz falta!

Abraços

Alberto Vieira disse...

Não sei commentar este post!

Mas li!

abração

A Maya disse...

Sempre pensei em escrever sobre este texto de Paulo...
"Desaventurado homem que sou, quem me livrará do corpo desta morte"
Mas vc o fez, e fez bem.

Talvez eu tb o faça em um dia.

Certa vez eu li que este "corpo de morte" se refere a um castigo imposto a criminosos da época antiga onde eles tinham que ficar acorrentados junto a cadáveres, ou seja, a vida e a morte habitando juntas.
As vezes temos um pouco disto em nós e é preciso lutar pela vida e pela quebra das correntes...

Deus o abençõe...

Bárbara Matias disse...

Só hj vim aqui comentar....rs


Forte arrependimento que nos cerca... que nos conduza a passos firmes e melhores!

bjinhos!