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(abre parênteses)

Não tenho amado alguns de meus amigos atualmente. Para falar bem a verdade, tenho a impressão que nunca amei a estes de forma legítima. Talvez eu esteja sendo injusto com o sentimento que doei a estes meus amigos. Talvez tivesse, sim, demonstrado algum tipo de amor... mas um amor incompleto.

Amei a "pessoa presente" desses meus amigos. E talvez seja por isso que essa "pessoa presente" de alguns deles tenha me ferido e me levado a recuar em minhas demonstrações de amor, que já não era completa.

Li hoje de manhã, em um excelente livro cristão, que "o presente apenas é uma fatia fina do que sou; isolado dos ricos depósitos dos ricos depósitos do antes, ele não pode ser compreendido" (PETERSON, 2003). Isso é real. E se estende a todos os seres humanos. Se estende aos meus amigos. Eles são um todo, mas meu desejo de amá-los enxergou apenas uma parte: uma parte/presente que pudesse suprir algo que eu necessitava.

Esse tipo de amor é medíocre. Egoísta. No fundo eu amava me completar e não os seres completos, aos quais incumbi essa missão egocêntrica.

Jesus disse uma vez que "ninguém tem maior amor do que este: de dar a própria vida em favor dos seus amigos". Os amigos de Jesus não eram exemplos de perfeição ou fidelidade, mas o amor que Cristo tinha pelos seus amigos não era baseado em atos falhos destes. Seu amor era baseado em um significado completo que seus amigos tinham para si. Além disso, seu amor não retornava para si mesmo. Era dado de graça e isso revelava seu caráter de ser o próprio amor.

Não sei se da noite para o dia terei forças para amar aos meus amigos da mesma forma que Cristo. Preciso alargar minha visão sobre o significado completo que meus amigos possuem.
Preciso de me exercitar e essa é minha intensão. Enquanto meu amor não é desenvolvido, lamento. E digo
"Perdoem-me, amigos que eu não amei!"

(fecha parênteses)