Ainda no porto me sinto seguro
Mas o tempo é chegado
E está na hora de partir
A infinitude do espaço
Inebria a alma
Constrange o lançar-me ao mar
Por trás de quais ondas?
Onde se encontrará meu caminho?
E eu que sou tão frágil e pequeno…
Diante do espelho d’água
Reflito-me a mim mesmo
E reconheço o ser ínfimo que sou
Posto que minha pequenez define meu ser
Torno-me dependente de quem pode me guiar
Sendo as mãos do Deus dos mares, meu capitão
E a onisciência de seu Espírito, meu leme
Eu, em minha limitação,
Torno-me um desbravador
Com sua presença sempiterna,
Por sobre as ondas,
Sinto-me aventureiro
Em infinitos, que nunca fui capaz de sondar
Embalado ao som dos ventos dançantes
Que horas bailam valsas e brisas de esperança
Que horas sapateiam sobre a tripulação
Errantes e inconstantes
As ondas que fazem fremir a alma
Tornam-se músicas de ninar
E o porto, seguro, protetor,
Passa a andar comigo
Com destino certo:
Salva(a)dor de outros
Tu que és meu Salvador
Não me atrevo a recusar a viagem
Desde que tu sejas meu leme
Sentir-me-ei seguro
E a viagem terá rumo
E o mar será quieto
Terá paz
quem me pediu para tentar escrever algo sobre o
Evento EMEP (Encontro Missionário
Estudantil e Profissional) que aconteceu no
Carnaval deste ano
(Poema também postado no blog da ULTIMATO)
4 comentários:
Oi Lucas!.. há tempos eu sem coragem de deixar um comentário! mas cá estou com meu abraço a dizer que um dos mais belos paradoxos (são tantos e tantos) relacionados a Deus é exatamente esse: "E eu que sou tão frágil e pequeno…", tão dependente de Deus, tão distante dEle em grandeza...! E ao reconhecer isso, imediatamente torno-me perto, tenho um lugar ao Seu lado, ou no seu colo, exatamente porque sei que não sou ninguém e dependo dEle. não é maravilhoso?!.. Um grande abraço com saudades! JuH =)
Oi!!
Como Deus é maravilhoso dando forças aos barquinhos fracos, sendo sempre seu guia em todos os desbravamentos... s2
Simplesmente amei o texto. Combinou com minha "nova fase".
Beijo, Bruna
Lucas,
Passei pra deixar-te um beijo de saudades. Tenho te lido, mas muda. Tenho saído com as palavras dentro em mim, sem saber expulsá-las. E eu acho maravilhoso que seja assim, por vezes.
Abraço de carinho.
muito bom.
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